CACB reúne Conselho Deliberativo para discutir consequências do Coronavírus  
  Publicado em 26 de Março de 2020  
 
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CACB reúne Conselho Deliberativo para discutir consequências do Coronavírus

A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) reuniu seu Conselho Deliberativo nesta quarta-feira (25) para tratar dos desdobramentos da crise do Coronavírus no comércio brasileiro. Durante a videoconferência, ficou claro que as entidades empresariais precisam trabalhar pela reabertura do comércio, mas com cautela e respeito à vida das pessoas.

No início da conversa, o presidente da CACB, George Pinheiro, lembrou que o momento é talvez o mais delicado que já vivemos no Brasil e que, por isso, tem trabalhado diariamente, realizando reuniões com empresários de todos os níveis e líderes do governo para buscarem alternativas que amenizem as consequências desta crise.

“Primeiro precisamos cuidar das nossas vidas, mesmo sabendo que não vamos sair bem, empresarialmente, dessa situação. As medidas de acesso ao crédito que o governo e os bancos estão tomando estão no caminho certo, mas elas precisam atingir todas as empresas, ou não serão suficientes”, declarou. “Não podemos deixar parecer que nos empresários só estamos preocupados com o dinheiro”, completou o vice-presidente de Assuntos Internacionais da CACB, Sérgio Papini.

Presidente do Conselho Consultivo da CACB, José Paulo Cairoli acredita que o Estado tem de assumir a responsabilidade da situação e reitera a posição da Confederação quanto ao corte dos altos salários do serviço público para a manutenção da crise. “Temos de aproveitar o momento para também pensar na reforma de diminuição do Estado”, ponderou. Cairoli também defende o adiamento das eleições estaduais deste ano, para evitar que candidatos se aproveitem do momento para angariar votos.

A postura de alguns prefeitos que buscam reeleição neste ano também foi criticada por João Polidoro, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG). “Ninguém está sabendo bem o que fazer. Mas nós, como líderes, temos que dar o caminho. Quem vai salvar a Pátria somos nós, que produzimos alguma coisa neste país”, afirmou. “Há muito boas intenções, mas há também muito oportunismo em torno da história”, opinou o vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da CACB, Luiz Carlos Furtado.

Levantado pelo presidente da Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Marco Tadeu Barbosa, o alinhamento das determinações entre os governos federal, estadual e municipal, foi bastante discutido pelos líderes. “Temos que cobrar que todos os poderes constituídos tenham alinhamento, senão, nada adianta”, ponderou.

“Não há comunicação entre os três poderes, e isso é muito claro. Mas também não consigo compreender algumas ações que governadores e prefeitos têm realizado”, disse Ubiratan Lopes, presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg). “Temos que cobrar responsabilidade dos nossos políticos e cobrar a unidade de entendimento nesse momento difícil. Somos nós que vamos perder com tudo isso”, completou o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), Valmir Rodrigues.

“Temos de encontrar um consenso para que a economia volte a funcionar”, declarou o presidente Kennedy Davidson Pinaud Calheiros, da Federação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas (Federalagoas). O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia, Francisco Hidalgo, alertou par o fato de que as consequências desta crise durarão por até uma década. Já o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Tocantins, Fabiano do Vale, criticou a atuação da mídia, que tem causado muito alarde na população.

Equilíbrio

A presidente do Conselho Nacional da Mulher Empresária (CNME) da CACB, Tânia Rezende, defendeu que haja um equilíbrio na tomada de decisões: “Não adianta liberar tudo agora e daqui 30 dias ter que voltar a fechar tudo porque não conseguimos controlar a pandemia. Temos que encontrar o caminho do equilíbrio, fechamos agora para não ter que fazer isso depois”.

“Minha linha é a do equilíbrio também, mas o governo federal precisa se posicionar”, opinou Itamar Maciel, presidente da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte.

“O governo federal está trabalhando, mas precisa tomar medidas imediatas e nos dizer o que fazer, porque ainda estamos perdidos, sem rumo. Para buscar um equilíbrio temos de colocar cabeças pensantes dentro disso para cuidar de todos os pontos”, completou o diretor Financeiro da CACB e presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso, Jonas Alves.

Reabertura do comércio

Alguns dos líderes defenderam a reabertura do comércio, mas com responsabilidade. “Temos de defender o distanciamento social, desde que seja curto, porque se for longo, terá um efeito colateral maior do que a doença”, afirmou Djalma Cintra, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco (Facep). A opinião é compartilhada pelo vice-presidente da CACB, Emílio Parolini: “O comércio está sendo afetado com isso e temos que voltar o mais rápido possível. Temos que tomar uma decisão mais objetiva em cobrar isso do governo, com responsabilidade. Não podemos ficar parados”.

O presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Jonny Zulauf, alertou para o momento, que é um problema sério de saúde pública. “Temos a nossa responsabilidade sim, temos que voltar a trabalhar sim, mas gradativamente e sob controle”, ponderou. “Somos representantes do empresariado, cabe aos governos cuidarem dos problemas de saúde, nós temos que defender os nossos representados”, disse o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Bahia, Cloves Cedraz.

Impostos

Gerente executivo da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro (Facerj), Lédio Ferreira lembrou que o problema afeta a todos, inclusive as contas públicas. “Se não há geração de renda, também não há arrecadação e cresce a inadimplência”, disse.

O presidente da Associação presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal (FaciDF), Valdeci Machado, sugeriu consultar entidades empresariais europeias para discutir soluções para o recolhimento de impostos das empresas que sofrerão com a crise. A preocupação com a arrecadação pós-crise também foi citada pelo presidente da Federação das Associações Empresariais do Maranhão (Faem), Hélio Araújo.

Sustentabilidade das associações comerciais

Outra preocupação levantada pelo presidente da Federação das Associações Comerciais do Ceará (FACC), João Porto Guimarães, é de que as associações comerciais devem, ainda, perder a contribuição que recebem dos empresários, o que prejudicaria o trabalho das entidades. “Precisamos estudar as condições para nos mantermos vivos e continuarmos com essa luta”, disse.

“Com a economia parada, também não entra dinheiro no caixa das associações e federações do nosso Sistema. Além de pensarmos nas empresas e nos empregos, que são sim importantes, precisamos também pensar nas nossas entidades, porque é dentro delas que as coisas estão acontecendo”, completou Marco Tadeu, presidente da Faciap.

Acesso ao crédito

Alberto Batista de Oliveira, vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (Faciapa), lembrou o fato de que algumas empresas ainda não recuperaram da crise de 2013 e ainda não estão com as dívidas totalmente quitadas, o que pode dificultar o acesso ao crédito neste momento.

“É importante vermos uma forma de que todos os bancos sejam obrigados a prorrogar as parcelas de pagamentos durante este período, ou também sofreremos com juros”, opinou Rubenir Guerra, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Acre (Federacre).

Fonte: CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO BRASIL

 
     
     
 

 
 
     

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